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domingo, 8 de abril de 2012

A doce dádiva de amar, ou de sentir dor

Difícil conseguir distinguir dentro de nós o que é a dor e o amor.



Se fosse vc abordado sobre esse assunto as probabilidades matemáticas diriam: o amor é bom, te faz feliz, te enche de coisas boas. Mas a dor não, dor dói (com redundância e tudo), machuca, traz feridas que talvez nunca sejam cicatrizadas, ou no mínimo deixam marcas profundas.
E eu te pergunto leitor: será mesmo que esses dois sentimentos são tão distintos ao ponto de cada um deles conseguir mostrar sua personalidades própria e imprimir-se sobre nós sem deixar marcas profundas?

Como uma reles mortal, consciente de que deve, e o é, tratada como tal, apesar de uma bagagem bem vivida, poderia divagar e me perder em pensamentos para chegar a uma resposta quase óbvia: não, amor e dor não são tão diferentes entre si. São muito mais parecidos um com o outro do que a nossa vã filosofia pode entender e alcançar, além de tudo nos enganam porque nos fazem acreditar que são opostos dentro de nós, que um substitui o outro, e vice versa.

Quando se ama também se sente dor. Dor da saudade, dor de querer estar, ser, sentir e viver muito mais do que conseguimos e, pasmem, talvez isso aconteça somente pelo simples fato de sermos humanos, de sermos muito frágeis diante da grandiosidade que a vida nos coloca e nos encontramos em certos momentos em que nos sentimos absolutamente desprovidos de qualquer poder de decisão ou confrontamento com a realidade dos mortais. E isso sim é amor!

E quando se sente dor? Aí é dor mesmo? Também não. Em cada momento em que sentimos dor somos impulsionados a pensar em dias melhores e pensar nesses dias pode ser um grande (ou talvez bem pequeno) prazer. E mesmo que a dor doa demais, daquelas que te tiram do eixo e te deixam completamente fora do ar, essa dor inominável vai passar e vc saberá que o peso e a rudeza da sua dor, aquela que doeu sobremaneira, abriu caminho, te preparou para receber tudo aquilo que vc passou muito tempo sonhando.

O que se pode tirar disso tudo? Mesmo que sinta dor nunca perca a doce dádiva de amar. Sonhe sempre, no amor ou na dor. O sonho é o que faz valer a pena.
Até o próximo post. Beijos da Linda.


http://www.youtube.com/watch?v=7XBRS1QJBj0&feature=related

2 comentários:

  1. Pra começar, se não deixar marcas profundas, não se trata de nenhum dos sentimentos citados.

    Não gosto de pensar na mescla dos sentimentos porque, pra mim, sempre foram muito opostos. Acho que pela entrega e pelo momento. Quando dói, já deixou de ser amor: é vício, carência ou falta de autoestima confundida com aquele "pode dar certo apesar de tudo". Assim como quando se ama, não há dor. Há alegria, carinho, expectativa. Expectativa em nível alto é ansiedade e não dor. Porque se houver dor, já não é amor, é desrespeito.

    Um beijo nas duas.

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  2. Posso dizer que a dor também sentimos só de saber que amamos, hoje amo tanto que até me dói, dói a alma, dói o peito de tanto amor que guardo neles, é uma dor que enobrece e que me encanta e me faz cantar, é uma dor simples e ao mesmo tempo complexa que rasga meu peito simplesmente por amar.

    Haaa o amor é um veneno que mata e faz doer, mas pode curar e fazer viver.

    Admiro muito os posts de vcs duas. parabéns pela iniciativa.

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